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As leis dos gases e a embolia gasosa


Os dados a seguir ajudam a entender como as leis dos gases são importantes para os mergulhadores que usam cilindro de ar comprimido em seus mergulhos.
A densidade da água do mar é, em média, 1,03 g/cm3. Sendo assim, através de cálculos, pode-se demonstrar que a pressão exercida pela coluna de água sobre um mergulhador que se encontra 10 metros abaixo da superfície corresponde a 1 atm. Dessa forma, a pressão exercida sobre o mergulhador nessa profundidade é o dobro da pressão atmosférica. Caso ele se encontre a 20 metros de profundidade, a pressão exercida sobre ele será o triplo da pressão atmosférica, e assim por diante.
Vejamos o que acontece com um mergulhador que se encontra a 10 metros de profundidade e resolve subir rapidamente à superfície sem respirar. Se a 10 metros de profundidade a pressão exercida sobre o mergulhador é duas vezes a da superfície, uma subida rápida faz com que haja uma descompressão brusca e consequentemente uma expansão do gás no interior dos pulmões, podendo romper as membranas desses órgãos e levá-lo à morte ou provocar uma embolia gasosa.
A embolia consiste no seguinte: o ar expandido no interior dos pulmões é empurrado para o interior dos vasos sanguíneos e capilares, formando bolhas gasosas na corrente sanguínea. Essas bolhas impedem que o fluxo normal do sangue atinja o cérebro, o que às vezes acarreta perda de consciência do mergulhador.

Para que o mergulhador fique curado, é necessário que se faça a recompressão. Nesse caso, ele é colocado em uma câmara fechada e a pressão é gradualmente aumentada, o que se faz com que as bolhas presentes no sistema circulatório sejam lentamente reduzidas. A seguir, a pressão é reduzida muito lentamente (descompressão gradual) até chegar ao valor da pressão atmosférica local.

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